Termina essa semana o prazo para Roseane Tenório dos Santos, sócia da empresa Construtora Victoria Ltda, apresentar sua defesa na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (11527) nº 0600289- 84.2024.6.17.0057, que apura abuso de poder político e econômico do então candidato e prefeito eleito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (Pode), do candidato a vice eleito Siqueirinha, do prefeito Wellington Maciel (MDB). A carta precatória intimando a empresária foi enviada à 76ª Zona Eleitoral de João Pessoal-PB, sede oficial da construtora e de residência.
A empresa, que tem a influência do ex-secretário e vereador eleito Paulinho Wanderley (PP) e tem sua esposa como sócia-administradora, está envolvida no envio de R$ 1.000,00 (mil reais) via Pix, ao ex-servidor público Bruno Cavalcanti sob a garantia de mantê-lo no emprego em troca de apoio à candidatura do progressista à Câmara de Vereadores e a Zeca e Siqueirinha à prefeitura, conforme vídeo postado na época.
Segundo Bruno, o então candidato a vereador teria enviado o Pix de R$ 1 mil à título de "ajuda" enquanto resolvia a questão de mantê-lo no emprego onde estaria sofrendo perseguição política caso não votasse no "candidato amarelo" (Zeca). O comprovante do Pix foi apresentado durante a entrevista, com data de 28 de setembro de 2024. A inclusão do caso no processo complica ainda mais a situação dos candidatos a vereadores do PP e à prefeito do Podemos.
Nos argumentos a defesa da outra sócia e esposa do candidato a vereador do PP, Thais Targino, tenta desqualificar o denunciante (Bruno), dizendo que trata-se de "mentira absurda", já que o pagamento de 50% era para fazer a propaganda da Construtora Victória. Diz lá, na defesa, que para "ajudar" o Sr. Bruno a senhora Thais, o contratou para fazer "publicidade e propaganda da Construtora Vitória", com um contrato no valor de R$ 2 mil e que o Sr. Bruno se utilizou de "uma ajuda feita de bom coração", para buscar criar um fato político. O fato é que a tal transação aconteceu às vésperas das eleições de 2024. Para justifica a tal "ajuda de coração", a defesa alega até que seria para pagar uma dívida com o candidato a vice da chapa do PSB.
Não se tem notícia e nem cópia desse contrato de "publicidade" feita com o Sr. Bruno, e nem o próprio teria; também não se tem notícia de qualquer dívida do servidor com o candidato a vice do PSB; e através dos sites de buscas não se encontrou perfis ou publicidade da referida construtora que seria "trabalhada" na área de publicidade.